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terça-feira, 17 de julho de 2007

Forte como a morte....

Era uma vez um homem apaixonado por um rio, gastava longas horas vendo suas águas a passar, carregando em seu dorso suave folhas e histórias das cidades. Sua grande alegria era quando chegava a tarde, depois do trabalho ele ia correndo para o rio, pulava uma cerca e ficava lá, com os pés mexendo nas areias grossas, bem embaixo de um velho ingá. Falava, confidenciava segredos, dava gargalhadas, nunca ia embora, enquanto houvesse luz e por muitas vezes, só se deu conta q era noite quando a lua ladrilhava de prata as águas do rio. O rio passeava com suas águas amigas em seus olhos. Ambos pareciam ter nascido para ser daquele jeito, nunca sem o outro. Dizia o homem – “Amor pra toda vida!”. Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram a terra a chuva desabou sobre o mundo. A cabeceira do rio foi enchendo e logo tudo virou correnteza. Árvores foram arrancadas, pela fúria das águas. O rio cresceu, ultrapassou as margens, derrubou cercas, até chegar na casa do homem da história e destruiu tudo o q encontrou. Houve uma grande desolação! O sol brilhou de novo, tinha q recomeçar e como é difícil recomeçar. Fez o q pôde, sem olhar em direção ao rio. Seu peito era uma amargura só. Então falou: - Por q fez isto? Eu confiava em vc! Havia muito amor entre nós. Não é só a lama q está na casa, é a confiança q nunca mais será confiança, é amor q nunca mais será amor. Foi inútil o rio tentar explicar. Nunca mais se encontraram. Nunca mais a lua refletiu nas águas daquele rio, como o coração daquele homem nunca mais foi o mesmo. Assim também agimos. Quando somos magoados, feridos ou ofendidos por alguém q amamos, ficamos revoltados, indignados, decepcionados com essa pessoa e não lhe damos uma segunda chance. Viramos as costas e negamos alguma oportunidade de reconciliação. Devemos refletir sobre essas atitudes e aprender a perdoar mais, a amar mais! Esse final ai de cima poderia ter sido diferente. “... pq o amor é forte como a morte” Ct 8.6.

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