Joel o profeta do Avivamento
O nome Joel significa "o Senhor é Deus". É provável que Joel tenha vivido e profetizado em Jerusalém. Teria, assim, em sua mocidade, conhecido Elias e Eliseu. Data provável: 830 anos antes de Cristo, ao tempo do rei Joás.
Joel tem sido chamado de "o profeta do avivamento". Ele compreendeu que o arrependimento sincero é a base da verdadeira espiritualidade e era para que isto acontecesse com seu povo que ele se esforçava. O conteúdo básico de seu livro é o apelo ao arrependimento. Estudando com interesse suas grandes lições seremos edificados.
I - A Época em que Joel Pregou
Quando o profeta Joel pregou suas mensagens, a situação econômica era desesperadora, em razão de um ataque de gafanhotos sem igual. Ele parte deste fato para alertar o povo para a prática da santificação, do quebrantamento, e de maior submissão ao Senhor, 1: 14, mensagens que tornam o livro muito atual. Joel também anuncia o dia do Senhor e previne sob a iminência de um ataque militar que viria por parte de uma nação estrangeira e termina o livro com a preciosíssima mensagem sobre o derramamento do Espírito Santo.
a) A praga dos gafanhotos - Dentre as mais de 80 variedades de gafanhotos, Joel diz que quatro: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor, v. 4, haviam devastado a terra de Israel. O povo calou-se, em sinal de tristeza. Tudo secou e o campo nada produzia.
b) As lições da devastação - A notícia de tal calamidade deveria ser passada de geração a geração, v. 3, porque se refere a um tempo de juízo do Senhor em que os prazeres da vida foram retirados e houve um lamento geral. Até os bêbados lamentaram porque os gafanhotos devoraram as videiras, v. 5, e não tinham mais o vinho; destroçaram a figueira, arrancando-lhes as cascas, v. 7. Por causa dessa miséria até os jovens choraram, v. 8. Todo cereal se perdeu e os lavradores ficaram envergonhados e desorientados, vv. 10, 11, porque o juízo veio através de um inimigo pequeno, mas em grande número e sábio, Pv 30: 27.
c) Reações à devassidão, 1: 10-14 - Com a destruição das pastagens e das lavouras, até os sacerdotes lamentavam porque não havia nem elementos para os sacrifícios ao Senhor, v. 9. Assim como a calamidade era geral, o pecado também havia devastado todos os domínios da vida. É nessa hora que diz o Senhor: "Lamentai, sacerdotes".
Quando a igreja experimenta flagelo de tal natureza, engolfada em confusões, pecados e enfermidades que devastam famílias após famílias, I Co 11: 30-32, o ensino bíblico para resolver tal situação é que ministros e povo retornem ao Senhor com a mesma sinceridade, intensidade, arrependimento e interesses descritos em Jl 1: 13-14 e 2: 12-17e Dt 4: 30-31.
II - O Dia do SENHOR
O profeta descreve esse quadro terrível para preparar as pessoas sobre o que iria falar a respeito do "Dia do Senhor", v. 15, que também virá como uma assolação. Percebe-se que Joel avista algo por trás dessa praga de gafanhotos; ele enxerga além dela, vê um dia de desolação em toda a terra. O acontecimento pelo qual o povo chorava no momento era prefiguração de um outro dia de juízo: um julgamento a ser derramado nos dias finais deste mundo.
a) Um exército preparado contra Judá, 2: 1-11. Joel anuncia que estava prestes a acontecer uma grande invasão militar. Compara isso a uma devastação pelos gafanhotos que haviam assolado a terra. Ele pergunta: "Vocês já ouviram, em toda sua vida, em toda história do seu povo, alguma coisa igual?" A resposta ao v. 2 só teria que ser um enfático não!
b) Julgamento final - Joel usa quase todo seu livro para falar sobre o Dia do Senhor, 2: 1, 11, 31; 3: 14; este será o julgamento final de Deus sobre todo mal e também o fim desta era. Tal dia vai iniciar-se com o arrebatamento da Igreja, I Ts 4: 15-17; 5: 2; inclui os sete anos de tribulação, que é a última semana de Daniel, 9: 24-27, e culminará com o retorno de Cristo com sua Igreja para reinar sobre a terra, Ap 20: 1-6.
c) Um chamado ao arrependimento, 2: 12-17. A catástrofe que acomete Israel nos tempos de Joel leva a nação, politicamente, ao caos. Mas essa intervenção divina é meramente ilustrativa. Como o pior ainda está por vir, Deus levanta Joel para inquietar os sacerdotes e exortar o povo ao arrependimento, v. 13, e que este retorne humildemente ao Senhor, não com mãos vazias, mas com sacrifícios de pranto e lamentação genuínos, jejuns e súplicas pelas misericórdias de Deus, v. 12. Para isso, deveriam proclamar uma assembléia solene, 2: 15-17. Ninguém deveria faltar; nada de desculpas, vv.15 e 16. E os sacerdotes iriam orar com todos, clamando: "Poupa o teu povo, oh, Senhor", v. 17.
d) Derramamento do Espírito Santo, 2: 28-32. Num tempo futuro, marcado pelo advérbio "depois", v. 28, o Espírito Santo seria derramado sobre toda carne. Examinando Os 3: 5, veremos que essa promessa abrange os últimos dias Israel, iniciando-se com a tribulação e adentrando o reinado do Messias, que vem em seguida. Compare, Is 2: 2 com At 2: 17. O tempo é enfático, no v. 29. Deus faz questão de repetir que tal se dará "naqueles dias". Ou seja, depois do arrependimento nacional e restauração futura de Israel, Zc 11: 10; 13: 1, eventos que serão simultâneos à Segunda Vinda de Cristo.
Esse "grande e terrível Dia do Senhor" se apresentará com prodígios de Deus na terra e no céu, vv. 30-31. Mas Jerusalém e Sião permanecerão, v. 32, e acontecerá depois... que o Espírito Santo será derramado ao remanescente fiel.
Note que não haverá qualquer restrição à recepção desse dom: nem diferenças de idade (velhos e jovens), nem de sexo (filhos e filhas), e nem de posição social (servos e servas). O que aconteceu em At 2 foi o cumprimento dessa profecia, mas o cumprimento total ainda está por vir: Is 32: 15; 44: 3,4; Ez 36: 27,29; 37: 14; 39: 29.
Assim, o estudo do profeta Joel relembra que a Igreja deve viver num permanente clima de avivamento, a fim de fazer a vontade do Senhor.
Guia para um avivamento pessoal
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. Salmo 139:23,24
Avivamento pessoal é o resultado da obra do Espírito Santo no coração do crente, avivando, vitalizando e dando-lhe energias. Isto somente pode acontecer quando as ferramentas do Espírito Santo, as quais Deus divinamente ordenou que fossem usadas por Ele, entram em contato com o coração humano. E as Escrituras são o instrumento divinamente determinado a ser usado pelo Espírito Santo para produzir a convicção de pecado, contrição de coração, confissão de pecado, entrega e consagração da vida e conseqüente controle do Espírito Santo. Muitos corações estão famintos por uma comunhão mais íntima com Cristo, maior poder na vida e serviço, e frutos abundantes para a glória de Deus.
Amigo, se este é o teu desejo, anima-te, pois o Espírito Santo foi enviado para tomar a palavra de Deus e usá-la para te aproximar dEle de uma maneira viva, ousada, ainda que humilhante. Deus espera que tu obedeças e te submetas à Palavra e ao Espírito de Cristo.
Este guia é simples e seleto, tendo em vista a busca deste alvo:
AVIVAMENTO PESSOAL!
I. Com lápis e papel na mão, lê as seguintes passagens, a sós num lugar sossegado, de uma boa e moderna tradução, se for possível.
As Escrituras levam à convicção de pecado. Lê devagar e sinceramente permitindo que o Espírito Santo aponte os teus pecados. Anote-os.
Êxodo 20:1-17; Salmo 119:9-11; (Negligência da Palavra); Jr 17:9-10; Malaquias 3:10; Mat. 5:27,28; 6:33; 7:1-5; 6:33; 7:1-5; 23:23-28; Marcos 7:20-23; Rom 1:18-32; Gál. 5:19-21; Ef 5:3-7; Col. 3:5-9; II Tm. 3:2-5; Tito 3:1-3; Tiago 3:6-10; I João 2:15-17. Agora, tendo lido estas passagens, que nos descobrem nossos corações, tens ainda outros pecados, tais como faltas, falhas, atitudes erradas e formas de egoísmo, que sem dúvida vieram-te ao pensamento. Escreve-os ao lado dos outros. Sê honesto para contigo mesmo e para com Deus, pois, do contrário, estarás permitindo que este primeiro empecilho permaneça entre ti e Deus, mantendo-te longe de um avivamento pessoal. Continua anotando tudo de que te lembrares e que possa desagradar ao Senhor, até que nada mais te venha ao pensamento. É necessário que anotes todos os teus pecados e falhas, pois, do contrário, o espírito e o coração te enganarão, desculpando algumas das tuas maldades.
II. As Escrituras levam à contrição de coração. Deixa que o Espírito Santo quebrante e derreta o teu coração diante da cruz do nosso Salvador crucificado, esmagado e morto pelos teus pecados e por causa deles.
Salmo 51:17; Isaías 57:15; 66:1,2; Salmo 22:14-18; Isaías 53:1-12; Lucas 23:32-49; I Pedro 2:24; II Pedro 2:21,22.
III. As Escrituras levam à confissão de pecado.
Salmo 66:18; Provérbios 28:13; Isaías 59:1,2; 1:16-20; Salmo 51:1-17; Mat. 5:23,24; Marcos 11:25-26; Tiago 5:16; I João 1:7,9. O cristão tem de confessar seus pecados um a um. Por isso, toma a tua lista, confessa e abandona cada pecado diante de Deus, confiando no sangue de Jesus que foi derramado para purificar-te desse pecado. Vai riscando-os um a um até que, sinceramente, estejas arrependido de cada um deles e de tudo o mais que o Espírito Santo tenha colocado diante de ti nesta altura. Lembra-te, entretanto, que pecados e maldades cometidos contra outras pessoas exigem restituição antes de poderes riscá-los. Às vezes, quando a vida e a influência de alguém prejudicou a igreja, deve-se pedir perdão à igreja. Mat. 18:15-17; I Cor 5:1-5. O Espírito de Cristo conduzir-te-á. E, então, quando tudo entre ti e o Senhor tiver sido removido, a paz da purificação e perdão encherá o teu coração. Agradece a Deus pelo perdão que recebeste mediante o derramamento do sangue de Cristo, "que no purifica de todo o pecado".
IV. As Escrituras levam à entrega e consagração. Depois da confissão de pecados vem a entrega e a consagração. Neste ponto, se foste cuidadoso, sincero e honesto com o que ficou acima, estás pronto para apresentar um canal purificado ao Senhor para o Seu uso e glória. Lê com o coração e a vontade submissos as seguintes passagens:
Salmo 37:4,5; Prov 3:5,6; Marcos 12:30,31; Rom. 6:6,7,11-14,22; Rom 12:1,2; I Cor 10:31; Fil 4:8,9; Col. 3:1-4,12-17. Faze uma oração de entrega, entregando ao Senhor para a Sua glória, teu espírito, corpo, alma, tempo, talentos, propriedades, vontade, família, amigos, oportunidades, influência, e tudo o mais que tu és, tens ou guardas. Crê que Deus recebeu aquilo que tu Lhe entregaste e agradece-Lhe por isso.
V. As Escrituras levam ao controle do Espírito Santo. Reconhece que o teu corpo pertence ao Espírito Santo, I Cor 6:19,20. Depois, reconhece que aquilo que é submetido a Deus, Ele enche e controla. Le Mat. 3:11; Lucas 24:49; Atos 1:5,8; Ef 5:18. Estas passagens te farão entender que Deus pretende que cada filho Seu seja batizado com o Espírito Santo. Não tenhas medo da bendita plenitude do Espírito de Deus, pois é teu direito de nascimento seres possuído por Ele. O Espírito de Cristo é o único que pode tornar Jesus real para ti e fazer-te viver a Vida e executar o ministério de Jesus por teu intermédio!
Como crente já tens o Espírito de Deus vivendo em ti, mas deves te submeter a Ele e pedir essa bendita promessa do Pai. Aqui estão algumas passagens que vão ajudar-te na apropriação da promessa que Jesus te fez: João 7:37-39 (sede); Lucas 11:13 (busca); Atos 5:32 (submissão e obediência); Gál. 3:2,13,14 (aceitação pela fé). Pede, agora, ao Senhor entronizado que te batize com o Seu Espírito, porque já Lhe entregaste tudo, totalmente. Anda no Espírito, dia a dia. A Vida centralizada em Cristo, baseada na Bíblia, enaltecendo a Cristo, cheia do Espírito, glorificando a Deus, é tua para viver e trabalhar. "Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim". (Gál. 2:20)
Deus quer te dar uma vida vitoriosa, abundante e frutífera. Isto é avivamento pessoal. Anota estas passagens: Rom 8:29-39; João 15:1-14; I Cor. 15:57; II Cor 2:14; I João 4:4; 5:4.
O verdadeiro avivamento
Fui muito encorajado nos últimos dias, os quais passei com um maravilhoso grupo de cristãos da Conferência de Cristãos Chineses da Costa Leste, ensinando por quatro dias sobre 2 Timóteo 4. Para ser honesto, me senti um pouco intimidado espiritualmente. Seu fervor na oração, seu coleguismo, a alegria, a intimidade que eles tinham, a prontidão nos seus sorrisos, as atitudes encorajantes, seu inafetável amor de uns pelos outros. Parei para refletir sobre minha própria vida e logo me achei deficiente em algumas dessas áreas comparando com eles. Este é o impacto que isso teve sobre mim.
De um lado, era um encorajamento para mim trabalhar e exceler em algumas dessas áreas em que sentia que estava sendo sobrepujado por meus irmãos e irmãs naquela semana. Foi um encorajamento pra mim ir em frente e crescer, e isso é o que acontece no melhor dos ambientes nos quais você está rodeado por pessoas que estão crescendo espiritualmente como naquele em que eu estava.
Mas ao mesmo tempo, me confortei na graça de Deus porque creio que entramos num intenso modo de confissão por pecados individuais que cometemos. Temos nossos particulares pecados constantes, e quando clamamos por aquele pecado, vamos perante o Senhor e colocamos nossos corações em confissão. Nos sentimos mal, então confessamos e nos sentimos melhor.
O que não percebemos é que não é somente aquele pecado constante que é o problema, mas o pecado em que estamos em cada segundo de nossa vida cristã. Há uma multidão de imperfeições que não são sempre óbvias para nós em nosso ambiente padrão, e frequentemente quando mudamos de ambiente por um momento então aquelas coisas se tornam claras como foram para mim nesses últimos dias.
Na verdade essa é uma das razões pela quais eu creio na segurança eterna. Porque aqueles que dizem que você pode perder sua salvação e cair fora da graça olham para esses pecados maiores em que as pessoas caem - bebedice, adultério ou pecado sexual - mas se esquecem dos constantes pecados que são uma parte comum de nossas vidas diárias.
R.C.Sproul certa vez disse: -"Os dois maiores mandamentos - ame a Deus de todo o seu coração, mente, força e amor, e o seu próximo como a você mesmo - você consegue perceber quantas vezes na última hora desde que estou aqui falando com você eu já violei esses dois mandamentos?"
Não percebemos o quanto somos maus. Pensamos em nossos pecados maiores que confessamos, mas encobrimos toda aquela corrente de pecados contínuos em que estão muitas áreas nas quais caímos o tempo todo.
Quero que você tenha uma imagem clara de quão desesperadamente você precisa da graça de Deus, e entenda que se houvesse alguma maneira pela qual você pudesse se desqualificar da graça de Deus, você provavelmente você já o teria feito e ainda o faria muitas outras vezes. É importante levar o tipo de vida que seria necessário para nos qualificar para a salvação. Talvez poderíamos nos livrar do adultério, da fornicação e de alguns daqueles maiores e mais óbvios pecados. Mas e quanto a eliminar cada evidência de orgulho em nossas vidas? Cada vestígio de pequenos pensamentos, cada resquício de condescendência? Cada ninharia de arrogância? Sem chance. Quando percebemos o quão desesperadamente pecadores realmente somos, espero que isso nos jogue confidentemente de volta para os braços de Jesus Cristo.
Nessa última semana pensei em quanto e com que frequência em caio. Fico muito feliz por causa do contínuo perdão de Cristo que tenho em minha vida. Ao invés de sempre confessar todos aqueles pecados que temos, acho que deveríamos pensar mais em agradecer a Deus pela graça que temos perante o trono. Como o autor de Hebreus disse no capítulo 10 versículo 22, "cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa". Cara, isso são boas novas.
Mas eu não quero deixar aqui uma má impressão. É um erro avaliar espiritualidade simplesmente nas bases da expressão emocial de uma pessoa. O que você deve ter cuidado é para não olhar para as pessoas no culto e vendo as pessoas sobre seus joelhos, cantando com olhos radiantes, expressando muita emoção e chorando, tirar a conclusão que por estarem respondendo emocionalmente elas têm uma maior comunhão com Deus ou uma fé mais madura do que a pessoa que não está reagindo emocionalmente. Esse é um erro grave.
Vou lhe contar um segredo. Resposta emocional não é em nenhum sentido uma medida bíblica de maturidade espiritual. Sabe como a bíblia diz que se mede maturidade espiritual? Não é no expressar de emoções espirituais, ou mesmo no expressar de dons espirituais, mas na manifestação dos frutos espirituais: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, auto-controle. Você não pode mostrar todos eles num culto de uma hora por semana. Essas são coisas testadas na prova severa da vida. São coisas que são manifestas no andar dia a dia com o Senhor e você pode estar manifestando essas coisas sem nenhuma reação emocional.
Não estou tentando glorificar a falta de emocionalismo. Estou tentando colocar as coisas em suas perspectivas corretas. Expressões emocionais não podem medir o trabalho do Espírito Santo. É por isso que estou preocupado com coisas como um artigo que vi no L.A.Times: "Deus vai fazer algo, e é grande". É uma análise do sentimento que muitos cristãos têm de que um avivamento está correndo pelo país. Eles lidam com uma anedota sobre o tal chamado Avivamento de Toronto. É uma avaliação da realidade do avivamento espiritual baseada no expressar de emocionalismo na igreja.
"Pessoas emitem orações fervorosas e cantam louvores. Centenas de mãos levantadas balançando sobre as cabeças dos crentes como se estivessem tentando alcançar um pedaço do céu. Uma mulher cai sobre seus joelhos. Próximo dali, um homem simplesmente fica em pé, uma calma ilha no meio da multidão. Ele fecha seus olhos para buscar a face de Deus. Seus lábios formam uma oração."
Fico feliz por aquelas pessoas que possam estar tocando Deus. Mas isso não é avivamento, senhoras e senhores. Um avivamento é medido pela transformação de vidas humanas e pela transformação da cultura como um resultado da transformação de vidas.
Eu realmente anseio pelo tempo em que os jornais trarão notícias sobre o avivamento ou sobre o suposto avivamento, mas não porque as igrejas estão cheias de pesosas levantando suas mãos e cantando alegremente, mas porque as ruas estão cheias de pessoas influenciando sua cultura com seus valores cristãos. Saberíamos que o avivamento está acontecendo porque cada vez menos e menos pessoas estão escolhendo ter um aborto, e mais e mais pessoas estão deixando uma vida de bem estar e trabalhando para obter seu próprio sustento, e mesmo para ter uma um extra de forma que possam dar para aqueles que estão em genuína necessidade. Que mais e mais cozinhas públicas sejam abertas por todo o país para que pessoas sem teto com genuína necessidade possam ser alimentadas. Em outras palavras, atos de bondade e misericórida e genuína transformação cultural são coisas que devem marcar um verdadeiro avivamento.
Por que o avivamento é medido em termos de roucos encontros de igreja ao invés do que ele deveria realmente ser medido? O avivamento Wesleyano transformou a face da cultura. De fato, historiadores seculares marcam o trabalho de John Wesley e o movimento do Espírto Santo sobre a vida daqueles cristãos que eram salvos através do avivamento como uma verdadeira revolução na Inglaterra porque muita coisa foi mudada para melhor naquele país. Não tinha nada a ver com cultos de igreja ou ficar dançando e sentido bem. Tinha a ver com genuína renovação de caráter. Isso é o que eu chamo de avivamento.
O avivamento nos dias atuais
Atos 2: 1-13; 37-47
"Vede entre as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos: porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada", Hc 1: 5.
O derramamento do Espírito Santo foi profetizado por Joel (2: 28-29) séculos antes do nascimento da Igreja. No dia de Pentecostes, o Senhor cumpriu sua promessa. Quando os cristãos estavam em Jerusalém, orando, todos foram cheios do Espírito, At 1: 4. O apóstolo Pedro esclareceu que se tratava do cumprimento de uma profecia, At 2: 16-18.
Mas, será que esse derramar do Espírito era só para os cristãos do primeiro século? Não. O apóstolo Pedro diz que a bênção é "para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar", At 2: 39. A bênção do Espírito Santo é, portanto, para os nossos dias.
I - GRANDES AVIVAMENTOS
O profeta Joel (2: 23) fala em chuva temporã e em chuva serôdia. A temporã foi a que caiu no Pentecostes, trazendo batismo com o Espírito, línguas estranhas, sinais, prodígios e a pregação do dia do Senhor, At 2: 16-21. Em nossos dias, Deus está derramando a chuva serôdia, Tg 5: 7, a última chuva do Espírito Santo sobre a vida da igreja para que haja colheita abundante. O Senhor espera frutos.
Veja o que Deus tem feito nos últimos séculos, reavivando sua Igreja.
a) O grande avivamento. Aconteceu nos Estados Unidos. Começou em 1734. Havia uma consciência da necessidade de alcançar os não-crentes e fortalecer os já convertidos. Jonathan Edwards (1703-1758), com sua simplicidade de vida e muita oração, exerceu grande impacto sobre as pessoas. George Whitefield (1714-1770) foi outro grande avivalista desse período. O resultado do trabalho desses homens foi milhares de conversões e o nascimento de muitas igrejas. Na Nova Inglaterra (EUA), numa população de 300 mil pessoas, houve entre 30 e 40 mil conversões. Houve fortalecimento moral nos lares, fundação de cursos teológicos e de obras sociais.
b) Avivamento na Europa. Iniciou-se após a metade do século XVII.
Em 1670, na Alemanha, o pastor Philip Spener organizou reuniões para estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Fundaram-se campos missionários.
O avivamento dos Morávios iniciou-se em 1727. Começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações até entre crianças. Os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos.
Na Inglaterra, João Wesley foi o instrumento de Deus para mudar a história da igreja. Homem de oração, deu ênfase ao estudo bíblico. Opôs-se ao álcool, à guerra, à escravidão. Houve muitas conversões.
c) No século XIX. Alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos:
Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios, etc.
Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos. Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países.
Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entregaram-se a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se à EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil.
II - MARCAS DO VERDADEIRO AVIVAMENTO
O avivamento autêntico tem algumas peculiaridades. Sua característica não é o emocionalismo, o barulho. O livro de Atos descreve uma igreja que vive sob o mover do Espírito Santo. Leia Atos 2: 47-52.
Perseverança na Palavra. Todo avivamento autêntico está centrado em Cristo e em sua Palavra. O surgimento de doutrinas antibíblicas é um sinal de que não há pureza no movimento;
Perseverança na comunhão. Uma igreja avivada pelo Espírito do Senhor vive como um corpo bem ajustado, 1 Co 12: 12. O Espírito gera unidade, Jo 17: 21. As discórdias e facções são obra da carne, Gl 5: 19-21;
Perseverança na oração. Sem oração não há avivamento. É a comunhão com Deus que desencadeia todo o processo de renovação espiritual.
Dedicação a missões. Não existe avivamento autêntico se a igreja não está fazendo missões. De acordo com At 1: 8, o poder do Espírito habilita o crente para pregar o evangelho, para ser testemunha.
A ação social. É interessante observar que todos os avivamentos trouxeram consigo a ação social. Fundação de orfanatos, preocupação com idosos, com os marginalizados. Isso é bíblico. Veja At 9: 36.
III. O AVIVAMENTO EM NOSSO SÉCULO
a) Nos Estados Unidos. As primeiras manifestações pentecostais no período moderno deram-se em 1900, nos Estados Unidos. A rua Azuza, 312, em Los Angeles, E.U.A., era um dos mais famosos endereços da história pentecostal moderna. Ali houve grande despertamento espiritual. Surgiram alguns missionários impelidos pelo despertamento espiritual do começo do século. Entre eles estavam: Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da obra pentecostal no Brasil em 1910, que deu origem à Assembléia de Deus.
b) Avivamento espiritual no Brasil. Durante a década de 60, várias igrejas batistas, congregacionais, metodistas e presbiterianas experimentaram um reavivamento espiritual. Como conseqüência desse movimento surgiram novas denominações sob a bandeira da renovação espiritu al.
Por: Pr. Cristiano Domingues
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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