As Conseqüências da fidelidade.

Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.
(Lc 6:38)


Certo senhor tinha o costume de ajudar os colegas de trabalho. Não media esforços para ajudar alguém que precisava de um remédio, ou de dinheiro para saldar uma conta de água, ou para quitar uma dívida. Alguns lhe pagavam, outros nem se esforçavam. Quando indagado sobre porque se comportava assim, ele dizia: "Deus é supridor". Um dia ele teve problemas, e precisaria quitar a dívida da casa naquela semana. Não tinha de onde tirar os recursos. Seus colegas, tomando conhecimento disto, resolveram fazer uma coleta, e presentear ao amigo com o dinheiro necessário. Quando ele soube, chorou e agradeceu. Mas disse não ter como pagar. "Você já nos havia pago antecipado. Isto é só um pouquinho do que nos fez até hoje".

As pessoas possessivas acreditam que as coisas lhes pertençam, e vivem todos os seus dias disputando propriedades, visando mais e mais, não apenas pelo conforto, mas para serem mais ricas que as demais. Contudo, ao morrerem, deixam tudo, até as moedas que agarram, num ato desesperado para não partirem de mãos vazias. Eles se vão, e as moedas ficam. Existem também os irresponsáveis, que não ligam para nada. Deixam suas famílias desassistidas, não buscam melhorar o conforto em suas vidas, não quitam suas contas e vivem sem nada. Nem um e nem outro são agradáveis para Deus.

Uma pessoa correta é aquela que administra bem os bens que Deus lhe confiou, mas não fecha a mão nem para o trabalho do Senhor, nem para o seu próximo.

São pessoas que não têm dificuldade em ofertar dos seus proventos com a congregação onde participam. Elas são liberais e não vivem a discutir se o dízimo é dez porcento ou apenas uma quantia simbólica. São pessoas conscientes de que 100% do que têm não é deles, mas de Deus. Por isso cooperam, contribuem, ajudam, mas sem ter trombetas a tocar para anunciar suas beneficências.

Também ajudam o próximo. Elas sentem a dor do outro, colocam-se no lugar do outro, e procuram, na medida do possível, ajudar de alguma forma. Elas não apenas dizem "Deus te abençoe", mas se tornam canais da bênção de Deus para o próximo. Se têm carro, dão carona. Se têm garagem grande, e possuem uma vaga, não se incomodam de emprestá-la. Se têm víveres, fazem cestas e presenteiam. Se possuem dinheiro, socorrem na medida do possível. Se podem hospedar, buscam ajudar, ainda que não busquem criar dependentes. São pessoas bondosas, que não cobram o benefício ou chantageiam os ajudados.

Para essas pessoas, que não descuidam de suas famílias, mas também não são mesquinhas e colecionadoras de bens na Terra, há uma promessa: o retorno. Deus promete recompensá-las. Quando estiverem carentes, o Senhor lhes dará socorro. Quando precisarem de ajuda, esta não lhes faltará. Quando o pão escassear, quando os remédios encarecerem e quando as dificuldades baterem à porta, as janelas dos céus se abrirão, e os recursos supridores virão de onde menos se espera. Deus usa até corvos para alimentar os Elias de seu reino. Por que não usaria outros elementos?

Comecemos a administrar as nossas coisas com liberalidade, e veremos o equilibrio e o suprimento chegarem de forma especial. Eu já comprovei a eficácia desse princípio. Fidelidade com sinceridade sem maliciosidade funcionam! Que assim seja com todos nós! Amém!