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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Pés descalços


O menino corria pelo parque, seus pés pisavam folhas e galhos, fazia barulho, mas parecia macio, dava até vontade de tirar os tênis e as meias.
Depois de pensar um pouco, fez sentou-se no tronco de árvore que encontrou
Não era tão macio quanto a cadeira do computador, nem do sofá onde costuma sentar pra jogar vídeo-game, mas servia. Primeiro foram os tênis, depois as meias grossas, aqueles pés brancos como o leite emergiram. O arrependimento apareceu. A vontade de se calçar novamente era imensa, como estava determinado a novas emoções, resolveu tentar.

Aquele momento exigia de si uma concentração total, pela primeira vez seus pés tocariam a natureza sem nenhum tipo de proteção, aquelas folhas marrons estavam com aparência de úmidas, será que aquela formiga vai morder? Mansamente o primeiro pé tocou o solo descoberto, a maciez fez um sorriso aparecer no seu rosto, depois o outro pé seguiu o caminho e em pouco tempo o víamos integrado aquele momento único que é o viver com liberdade.

Nossos caminhos muitas vezes estão repletos de cuidados e armaduras, esquecemos de que somos realmente, esquecemos de nos mostrar diante de Deus como precisamos de amor, carinho e atenção, de pedir sua orientação para viver plenamente. Sentimo-nos protegidos desta maneira, para que mudar? Porem quando abrimos nossa boca em oração, para conversarmos com Deus e dizermos necessitar de sua ajuda, somos como o menino sentindo o chão pela primeira vez, parece estranho, mas é bom e bem mais saudável. Ninguém pode viver sem o cuidado de Deus e ser feliz. A felicidade passa pela dependência a Deus. Esteja diante dele sem armaduras. Teu ser agradecerá e em pouco tempo sentirá a diferença desta comunhão em sua vida, restaurando em você um sentido de vida somente encontrado em quem conhece a Deus mais de perto. Sérgio Grycuk

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